domingo, 20 de agosto de 2017

ECLIPSE SOLAR DO DIA 21: Testemunhem!

Não queria iniciar outro texto justificando mais um longo período de inatividade, mas já fazendo isso... você que costuma ler as redações destes pobres e leigos escribas já deve ter percebido que o processo de postagem é lento, contudo isso é até compreensível diante dos complexos afazeres que o ensino superior nos remete. Fazer o que?! Vamos ao que interessa!
            Pois bem, manifestação audaciosa a minha: resolvi dar-me a incumbência de produzir o primeiro texto do blog sobre astronomia. Não, eu não tenho nenhuma ligação acadêmica com isso, aliás, diria que desconheço em mais de 95% dessa área, tão amplos são os seus domínios. A única força que me fez levar a cabo esse desafio é meu grande apreço pelo tema desde os meus oito ou nove anos de idade quando meu avô materno me apresentou uma revista que trazia uma série de imagens e curiosidades relacionadas aos planetas que compõem o Sistema Solar. É bem verdade que na época eu me interessei muito mais pelas imagens do que pelo conteúdo escrito em si, o fato é que isso não deixou de ser um ponto de partida para que, desde então, sempre que tivesse uma oportunidade, passasse a ler sobre o “estudo do universo sideral e de seus corpos celestes”, como é conceituada a astronomia. Mas porque um leigo confesso escreveria sobre a referida matéria? Ora, o título do blog é Leiga Ciência, não?


De início, é importante deixar claro algumas coisinhas relacionadas ao eclipse solar, para que se tenha uma compreensão melhor do fenômeno:
O eclipse solar geralmente ocorre quando a lua e o sol ficam em uma mesma posição angular na órbita, ou seja, em uma condição tal que um acaba “tampando” o outro. Isso, claro, levando em consideração que, embora o sol seja cerca de 400 vezes maior que a Lua, ele está posicionado (também) a aproximadamente 400 vezes mais distante do que ela, dando a falsa impressão de que eles têm o mesmo tamanho.
Tendo dito isso, no Brasil, o ano de 2017 trouxe um prato cheio para quem gosta desse tipo de espetáculo, isso porque foram previstos dois eclipses solares visíveis no país neste mesmo ano, evidentemente algo muito raro de acontecer. Para se ter uma ideia, após 2017, outro evento como esse (no Brasil) só deverá ocorrer no dia 14 de outubro de 2023, segundo informações da NASA. Ou seja, quem tem um mínimo de interesse não pode se dar o luxo de perder a chance de testemunhar um negócio desses.
Dos dois eclipses previstos para o ano, o primeiro aconteceu na manhã do dia 26 de fevereiro de forma parcial e visível apenas nas regiões centro-sul do Brasil, chegando a “cobrir” quase 70% do sol em Porto Alegre - RS, por exemplo, e passando quase que despercebido pelas capitais mais ao norte do país como Roraima, Macapá, Belém, São Luís, Teresina, etc.
Como autentico nordestino e residente da capital piauiense posso dizer – em revanche – que agora chegou a nossa vez! Amanhã, dia 21 de agosto, seremos nós a comtemplar mais um eclipse solar parcial em terras tupiniquins!

Fonte: timeanddate.com

Como a grande maioria dos nossos leitores é formada por maranhenses e piauienses, deixo abaixo as informações necessárias sobre horários e duração do eclipse nas capitais destes dois estados. Para você que é de outro estado ou deseja saber as informações de alguma cidade específica, pode visitar a página Time and Date clicando aqui e, logo em seguida, pesquisar por qualquer ponto do planeta na aba “Find Eclipses in Your City”. Só uma ressalva: o site é americano, portanto alguns podem precisar traduzir a página através do Google Chrome.

Teresina - PI: 32,44% de cobertura do Sol
Fonte: timeanddate.com
  
São Luís - MA: 39,43% de cobertura do Sol
Fonte: timeanddate.com

ATENÇÃO! (Fonte: galeriadometeorito.com)

Para ter uma melhor visualização desse espetáculo astronômico e ao mesmo tempo, não arriscar sua visão, utilize equipamentos especializados. Ao utilizar óculos de soldador, por exemplo, você conseguirá observar o disco solar com perfeição, e poderá ver a Lua na frente do Sol com bastante clareza.
Nunca aponte um telescópio ou binóculos para o Sol. Essa prática, além de danificar seu equipamento pode levar a cegueira permanente. Do mesmo modo, NADA DE FILMES FOTOGRÁFICOS, PELÍCULAS ESCURAS OU ÓCULOS DE SOL COMUM, não brinque com a sorte! A melhor forma de observar um eclipse solar é através de projeções, ou usando um filtro (óculos) de soldador.


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TRANSMISSÃO AO VIVO
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Para aqueles que não poderão assistir ao fenômeno "in loco", uma transmissão ao vivo do Twitter é uma boa solução. A transmissão contará com a cobertura dos meteorologistas Ari Sarsalari e Domenica Davis, e também contará com “imagens de alta resolução, e imagens do eclipse em tempo real como cortesia da NASA. Você poderá acompanhar a transmissão a partir das 14:00 na próxima segunda-feira (21) no aplicativo The Weather Channel, no site da empresa Weather.com e no Twitter por este link!

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